Diário da greve: Movimento se espalha e pressiona numa mesma tarde TSE, STM, STF e Planalto

Na tarde de ontem (7), por mais uma vez, o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, pode perceber a força de mobilização do Sindjus. Em meio à concorrida sessão de julgamento do caso Cesare Battisti, centenas de servidores cercaram o Supremo Tribunal Federal (STF) com faixas, apitos e buzinas para pedir apoio ao relatório do Policarpo, que garante a equiparação salarial com carreiras semelhantes.

Depois de gritar palavras de ordem como “servidores na rua, Peluso a culpa é sua”, os manifestantes ocuparam e fecharam as quatro faixas da pista que separam a Praça dos Três Poderes do Congresso Nacional. Em seguida, caminharam até o Palácio do Planalto, onde foram impedidos de se aproximar pela segurança e policiais militares, mas fecharam por alguns minutos a pista da Esplanada dos Ministérios.

Antes, às 15h, o encontro foi em frente ao prédio do TSE e depois no STM. “Temos que reforçar o movimento cada dia mais. Vou a todos os atos do Sindjus e sei da importância de se fazer pressão para que possamos conseguir nossos direitos”, afirmou Ivan Cerqueira, servidor do TJDF.

Um grupo de servidores do Fórum de Taguatinga teve a iniciativa de pintar placas com palavras pedindo apoio para a aprovação do reajuste da categoria. “Não existe Justiça sem o servidor. Ganhamos 70% menos que outras carreiras típicas de Estado. Isso é uma vergonha!”, dizia uma das placas.

Segundo o servidor do TJDF Aldo Pacífico, a idéia de escrever e pintar as frases surgiu da sua indignação em estar há cinco anos sem aumento. “Prometeram nosso reajuste nas eleições e agora que ocupam o poder se esquecem de nós. Não podemos mais aceitar isso. Cadê o cumprimento do acordo”, reclamou.

Já a servidora do MPDFT Leilane Macambira Machado, considera os atos indispensáveis para aprovação dos PLs. “Estou no MP desde 2005, mas é a primeira vez que participo de um movimento grevista. Vou a todos os atos do Sindjus. Para conseguir o que queremos, só na pressão”, comentou.