out 24, 2011
Enquanto a presidente Dilma Rousseff se movimenta para encontrar espaço nas contas do governo para cortar até R$ 50 bilhões no ano que vem e adoçar os analistas de mercado, o relator do Plano Plurianual (PPA), senador Walter Pinheiro (PT-BA), e o relator geral do Orçamento de 2012, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), se digladiam em torno da destinação dos R$ 26,1 bilhões a mais de receitas prevista na peça orçamentária.
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Chinaglia quer direcionar R$ 10 bilhões para garantir reajustes aos servidores públicos, o que Pinheiro vê como um perigo. No seu entender, ao carimbar parte das receitas extras, o colega criará despesas fixas para os próximos anos. Ou seja, o PPA , que vale por quatro anos, terá que reservar R$ 40 bilhões para bancar o aumento da folha com pessoal, pois os gastos se repetirão anualmente. “Se o relatório do Arlindo for aprovado, terei que projetar no PPA mais R$ 40 bilhões em despesas continuadas com o funcionalismo”, afirmou o senador.
O relator do PPA disse ainda que, com a aprovação do comprometimento das receitas extras, vários investimentos terão de ser cortados, pois a conta não fechará. Ele admitiu que seu relatório do PPA é preliminar e deve sofrer ajustes, pois as projeções de desembolsos com obras de infraestrutura nos próximos quatro anos poderão ser afetadas pela crise internacional e o cenário de estagnação econômica.