jun 24, 2015
Num ato com direito a marcha fúnebre com caixão, bolo de aniversário com nove anos sem reposição salarial e uma replica da estátua da Justiça com nariz de palhaço e corda no pescoço, dois mil servidores demonstraram, nesta quarta-feira (24/6), a indignação com a falta de um acordo entre Judiciário/MPU e Executivo para aprovação do PLC 28 e PLC 41/15.
Quando a mobilização chegou ao Palácio do Planalto, a Polícia Militar reprimiu de forma violenta com spray de pimenta. Porém, os servidores não se abateram e vaiaram a atitude da PM e gritaram respeito repetidas vezes.
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Em seguida, o movimento se deslocou até o STF, onde deram um abraço simbólico em torno do tribunal. Cornetas e apitos deram o tom de insatisfação em um ato que provou, mais uma vez, que a categoria está unida e mobilizada em torno da aprovação dos PLCs 28 e 41.
Reunião com DG do STF
Durante o ato, os coordenadores do Sindjus José Rodrigues Costa e Eugência Lacerda (também coordenadora da Fenajufe), acompanhados dos dirigentes da Federação Adilson Rodrigues, Cledo Vieira e Mara Weber, conversaram com o diretor-geral do STF, Amarildo Vieira de Oliveira.
O DG informou aos sindicalistas que em contato com o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo Henrique de Oliveira, no dia de hoje, teve a informação de que o governo finalmente fechou a contraproposta nesta quarta-feira e que ela será apresentada oficialmente ao presidente Lewandowski, em uma reunião com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e, possivelmente, com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nesta quinta-feira (25/6), em horário não informado para evitar ato dos servidores.
Além disso, o DG informou que a reunião entre Lewandowski, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e os senadores Jorge Viana e Romero Jucá, agendada para o dia de hoje, teve como pauta a reforma política, mas que possivelmente o PLC 28/15 seria também discutido.
O Sindjus e a Fenajufe ressaltaram que os servidores não aceitam rebaixamento da tabela e que qualquer proposta deve ser imediatamente exposta às entidades para que sejam discutidas em assembleias pelos servidores em todo o Brasil.
O DG disse mais uma vez que é consenso entre Judiciário e Executivo postergar as parcelas da reposição para janeiro de 2016. Isto é, o plano já sofreu rebaixamento.
Além disso, o Supremo insiste em destinar parte do orçamento para o reajuste de CJs. Os coordenadores rebateram essa inciativa reafirmando que a prioridade deve ser a reposição dos cargos efetivos.
Importante informar que, também nesta quinta-feira, o Ministério do Planejamento, às 14h, receberá as entidades dos servidores públicos federais e, provavelmente, divulgará a proposta de reajuste linear para os servidores públicos federais. Embora se especule muitos percentuais, ainda não há nada oficial.
Ao final, os dirigentes cobraram uma reunião com o ministro Lewandowski para tratar dos pleitos da categoria.
Fortalecimento da greve
Com todas essas reuniões previstas para esta quinta-feira (25/6) é fundamental que façamos um ato ainda mais forte, com mais visibilidade e participação até porque não há garantia de que elas realmente ocorram, nem de que haverá realmente proposta do governo.
Não há nada garantido! Vamos lotar o gramado da PGR, a partir das 14h, e fazer uma marcha chamativa e barulhenta até a Praça dos Três Poderes exigindo a aprovação dos PLCs 28 e 41.