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27 Abr. 2025

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CAE aprova PLC 29, apesar de tentativa de protelação da bancada tucana

CAE aprova PLC 29, apesar de tentativa de protelação da bancada tucana

jun 28, 2016

Dirigentes mantêm pressão para garantir regime de urgência e categoria deve intensificar mobilização

Apesar da tentativa por parte da bancada do PSDB de impor um impasse que impedisse a aprovação do projeto que repõe parte das perdas salariais dos servidores do Judiciário Federal, a categoria venceu nesta terça-feira (28) mais uma importante etapa da luta para reverter os dez anos sem reajuste salarial. Por maioria, os membros da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovaram o PLC 29/16, conforme parecer do relator, senador Jorge Viana (PT/AC), e com as planilhas do impacto financeiro. A tentativa do PSDB de jogar a conta da crise nos servidores não foi suficiente para impedir que os senadores votassem a favor da reivindicação da categoria.

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Logo cedo, dirigentes do Sindjus-DF, da Fenajufe e de outros sindicatos de base seguiram para o Senado, onde fizeram várias conversas com senadores com o objetivo de garantir a aprovação do projeto na CAE. Lideranças da categoria continuam no Senado hoje e amanhã, agora para articular assinaturas no requerimento de urgência e a inclusão do projeto na pauta do plenário, que está trancada por duas Medidas Provisórias com prazo para votação. Segundo conversas realizadas com vários líderes partidários, a maioria dos senadores já tem acordo com a aprovação da proposta. Além disso, há o compromisso do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em colocar o projeto em votação assim que as MPs forem votadas.

Confusão proposital
Durante a sessão, parlamentares da bancada do PSDB tentaram criar um impasse, colocando o impacto financeiro do projeto dos servidores no mesmo patamar que o dos magistrados, com o claro objetivo de gerar confusão entre os membros da CAE. Com isso, questionando os dados, eles solicitaram a realização de uma audiência pública com a presença do ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira.

A presidente da Comissão, senadora Gleice Hoffman (PT-PR), concordou em agendar a audiência, prevista para a próxima terça ou quarta-feira, sem, no entanto, vincular com a votação do projeto no plenário da Casa, que pode acontecer independentemente da audiência. Além disso, informações obtidas por lideranças sindicais dão conta que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) está em contato com o ministro interino para que este encaminhe os esclarecimentos necessários à aprovação do projeto no plenário.

Ainda durante a reunião, o relator Jorge Viana garantiu que eventuais vícios e inconsistências baseados na Lei de Responsabilidade Fiscal poderão ser corrigidos no plenário.

A coordenadora da Fenajufe e do Sindjus-DF, Elcimara Souza, que acompanhou a sessão da comissão, criticou a atitude do STF de enviar à CAE os dados do impacto do projeto dos servidores juntamente com o dos magistrados, o que deu munição para a bancada do PSDB questionar os valores. “Isso foi utilizado para mais desgaste contra a categoria, uma vez que parlamentares alegaram que o impacto do PLC 29 era maior que o previsto. No entanto, o que estava posto era uma confusão por conta da junção dos valores da magistratura com o dos servidores”, questiona.

Ela ressalta, ainda, que a tentativa de manobra vista hoje na CAE não vai tirar o ânimo de luta da categoria, que tem demonstrado não aceitar mais qualquer tipo de enrolação.

Também acompanharam a sessão da CAE os coordenadores Costa Neto, Chico Vaz e Eldo Luiz. Eles continuam no Senado, juntamente com dirigentes da Fenajufe e de outros sindicatos, buscando adesão ao requerimento de urgência.

Manter a luta
A direção do sindicato avalia que o resultado de hoje na CAE é mais um importante passo da luta da categoria, que tem se mantido mobilizada contra a defasagem salarial, imposta nos últimos dez anos pelo governo. No entanto, o desafio maior agora é garantir a aprovação final dos projetos e sua imediata implementação.

Com isso, reforçando a orientação da Fenajufe, o Sindjus-DF ressalta a importância da categoria se manter mobilizada e intensificar a pressão no Senado Federal nessa reta final.

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