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19 Abr. 2025

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Em reunião com relator, dirigente da Fenajufe critica ameaças previstos no PLP 257

Em reunião com relator, dirigente da Fenajufe critica ameaças previstos no PLP 257

jul 12, 2016

Na última sexta-feira (08), o relator do PLP 257/2016, deputado Esperidião Amim (PP-SC), se reuniu com dirigentes de cerca de 20 entidades sindicais, em Florianópolis, oportunidade em que apresentou o substitutivo ao projeto, enviado ao Congresso Nacional no último dia 5 pelo governo interino de Michel Temer (PMDB). A Fenajufe foi representada pelo coordenador Cristiano Moreira, também da direção do Sintrajufe/RS.

O substitutivo, proposto pelo governo Temer, traz alterações no projeto original, protocolado em março deste ano pelo governo Dilma, especialmente no capítulo II, que diz respeito às medidas de “reforço à responsabilidade fiscal”. Segundo informações divulgadas pelo Sintrajufe/RS, o novo texto mantém, no entanto, a essência do projeto original, transferindo para os servidores públicos e para a população em geral a responsabilidade da crise econômica do país.

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Como contrapartida à renegociação das dívidas dos estados, o projeto prevê medidas como a vedação da concessão de reajustes ao funcionalismo por 24 meses. Além disso, inclui na rubrica de “despesas de pessoal” os gastos com terceirizações, o que infla ainda mais os números, esvazia a possibilidade de reajustes e gera ampliação do congelamento de despesas. “O projeto busca jogar a conta da dívida dos estados para o bolso dos servidores”, disse Cristiano. Com relação à previsão de elevação da contribuição previdenciária, prevista no PL original, o substitutivo não trata da questão. Conforme o dirigente, no entanto, “a luta contra esse ataque apenas foi adiada, já que o governo Temer pretende discutir o tema em PEC específica”.

Na reunião, Cristiano enfatizou que a renegociação da dívida dos estados não resolve o problema, apenas o adia, ainda mais. O próprio relator chegou a admitir que a renegociação posterga o problema.

O dirigente da Fenajufe defendeu, como alternativa, a auditoria da dívida pública, medida fundamental para reverter o quadro econômico sem penalizar os trabalhadores. Ele ressaltou, ainda, que essa alternativa vem ganhando mais espaço no debate político e lembrou que a auditoria da dívida pública é prevista na Constituição Federal de 1988, mas segue sendo ignorada pelos sucessivos governos. Destacou, ainda, que o Congresso Nacional aprovou o Plano Plurianual (PPA 2016-2019) com previsão para a auditoria com participação de entidades da sociedade civil, mas houve veto de Dilma ao dispositivo, posteriormente mantido pelo Congresso.

O relator do PLP informou aos dirigentes que ainda há a possibilidade do requerimento de urgência ser apresentado novamente e aprovado no plenário da Câmara. Ele solicitou que as entidades sindicais enviem sugestões à proposta, de forma fundamentada.

Audiência pública
Nesta quarta-feira (13) a Comissão de Trabalho Administração e Serviço Público da Câmara (Ctasp) realiza audiência pública para debater PLP 257/2016.

Pela proposta aprovada em sessão do último dia 6 de julho, participarão como debatedores o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira; o secretário de governo, Geddel Vieira Lima; a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fatorelli; e representantes de entidades sindicais, como a Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal), do Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) e da Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital).

Barrar os retrocessos
O Sindjus-DF critica o projeto e considera que, em contrapartida à renegociação da dívida dos estados, virá um pacote de retrocessos para os servidores públicos. No fundo, o projeto esconde uma ofensiva direta sobre o funcionalismo público nas três esferas (municipal, estadual e federal) e mesmo sem o regime de urgência, é fundamental manter o alerta em relação ao projeto e seus possíveis desdobramentos.

“O desafio é intensificar a luta contra o PLP 257/16, mobilizando esforços para que essa matéria não avance no Congresso Nacional. A única proposta que pode ser apresentada é a de arquivamento, pois o projeto consiste em ataque e desmonte dos serviços públicos”, ressalta a direção da entidade, que participará da audiência pública da Comissão de Trabalho, com o objetivo de se apropriar melhor do debate e apresentar as preocupações com os efeitos dessa proposta.

Com informações do Sintrajufe/RS

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