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28 Abr. 2025

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Governo das incoerências tira do servidor para dar aos grandes empresários

Governo das incoerências tira do servidor para dar aos grandes empresários

ago 17, 2017

Como um Robin Hood às avessas, o governo Temer tira dos menos favorecidos para entregar o ouro aos mais abastados. Nesta terça (16), a equipe econômica anunciou o rombo nas contas públicas e a necessidade de revisão da meta de déficit deste ano e de 2018. Para sair do vermelho, a saída equivocada e arbitrária encontrada pelo governo é avançar com a Reforma da Previdência e cortar na carne dos servidores públicos.

Haverá congelamento dos salários de diversas carreiras em 2018, dentre elas, professores, militares, policiais, auditores da Receita Federal e peritos do INSS. Também será fixado um teto para o salário inicial de novos servidores em R$ 5.000. Benefícios como auxílio-moradia e ajuda de custo em casos de remoção serão cortados. Estuda-se ainda reduzir o auxílio-alimentação e aumentar a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores de 11 para 14%.

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Por outro lado, o governo abrirá mão de arrecadar até 543,3 bilhões reais em um período de três anos “perdoando” dívidas de grandes empresários. Isso porque o Novo Refis, que deve ser votado na Câmara, prevê descontos entre 85% a 99% para os devedores da União.

O programa de renegociamento das dívidas foi uma das cartadas utilizadas por Temer junto aos parlamentares para barrar o andamento da denúncia apresentada pelo PGR, Rodrigo Janot, contra ele. Além de incentivar a sonegação, pois os bons contribuintes ficam sem ter nenhum benefício, essa medida compromete ainda mais as contas públicas.

A gestão Temer ainda elaborou uma nova medida provisória, específica para os grandes devedores que atuam no ramo do agronegócio. A MP 793, que cria o Programa de Regularização Tributária Rural, pode beneficiar nove dos cem maiores devedores da Previdência. Entre eles, está a gigante do ramo alimentício JBS, a empresa controlada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista. Conforme cálculos da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, juntas, essas nove empresas devem 5,5 bilhões de reais à Previdência.

Aumentando ainda a dose de incoerência, some-se a isso tudo a farta liberação de recursos e distribuição de cargos entre os aliados para angariar votos.

É necessário reforçarmos nossa mobilização em favor do funcionalismo, denunciando essa política de um peso e duas medidas, que tira dos servidores para beneficiar grandes empresários. O Sindjus-DF conclama a todos os servidores a participarem dessa campanha de conscientização, visando impedir que aqueles que dedicam suas vidas para o desenvolvimento do País paguem o pato.

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