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19 Abr. 2025

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Governo retoma negociações para tentar aprovar reforma da Previdência

Governo retoma negociações para tentar aprovar reforma da Previdência

nov 7, 2017

Depois de enviar ao Congresso Nacional uma medida provisória (805/2017) que atinge frontalmente os servidores públicos, o governo federal agora pretende retomar as discussões em torno da reforma da Previdência (PEC 287/2016), aprovada em comissão especial e pronta para ser votada no plenário da Câmara. A matéria, considerada uma das prioridades da gestão de Michel Temer, está paralisada desde que a Procuradoria Geral da República apresentou denúncias contra o presidente, acusado de praticar crimes de corrupção passiva, formação de quadrilha e obstrução de justiça. Absolvido das duas, Temer agora prepara o terreno para finalizar seus projetos que aprofundam o ajuste fiscal.

Nesta segunda-feira (06/11), durante reunião com líderes da base aliada na Câmara, o presidente da República reconheceu as dificuldades para aprovar a matéria, mas foi enfático ao afirmar que continua empenhado e trabalhando para conseguir realizar as mudanças nas regras de aposentadoria de trabalhadores do setor privado e de servidores públicos. Segundo reportagem da Agência Brasil, ele abriu o encontro ressaltando a urgência e a relevância da reforma da Previdência, mas criticou a mídia e a sociedade pelas dificuldades enfrentadas para aprovar o pilar de seu governo.

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“Ela, a reforma da Previdência, não é minha, não é pessoal, e a essa altura é do governo, mas compartilhada. Se, em um dado momento, a sociedade não quer, a mídia não quer e a combate, e naturalmente o Parlamento, que ecoa as vozes da sociedade, não quiser aprova-la, paciência. Eu continuarei a trabalhar por ela, porque sei da importância da reforma da Previdência. Não é apenas em função de uma coisa de futuro, mas de uma coisa para já”, afirmou o chefe do Palácio do Planalto, demonstrando a sua disposição em retomar as negociações em torno da PEC 287/2016.

Foto: Marcos Correa/Presidência da República

Ciente das dificuldades em garantir os 308 votos necessários, em dois turnos, para aprovar proposta de emenda à Constituição, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira (07), após a repercussão da reunião e das declarações de Temer, que o governo precisa convencer os líderes partidários sobre a urgência de votar a proposta. A preocupação de Maia, fiel aliado do Palácio do Planalto, é fazer com que o governa consiga vencer as divergências, dentro da própria base aliada, em torno da reforma. Além disso, sua declaração teve o intuito de amenizar o efeito negativo que a fala de Temer provocou junto a empresários e grandes investidores de fundos de pensão.

“[Acho que] O presidente [Temer] deve chamar seus líderes dos partidos, individualmente, e tentar mais uma conversa de forma bem tranquila, mostrando qual é o impacto da não realização da [reforma da] Previdência já em 2018”, disse.

As movimentações, tanto do chefe máximo da República, quanto de um dos principais homens do Legislativo, apontam que o governo segue com a intenção de fazer todo o esforço possível para garantir o avanço das propostas de seu ajuste fiscal, que transferem a responsabilidade para a população brasileira. Para isso, vale debater novas alterações na PEC 287 ou até mesmo votar o texto de forma fatiada, para manter o espírito central da reforma.

Primeiro foi a PEC do teto de gastos (EC 95/2016), depois a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017), que entrará em vigor a partir do próximo dia 11, agora a tentativa de aprovar uma MP que adia o reajuste de algumas categorias do funcionalismo público e aumenta a contribuição previdenciária, além da reforma da Previdência. Tudo isso, com o objetivo de economizar recursos para pagar juros da dívida pública e transferir dinheiro aos grandes empresários e rentistas, em detrimento de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários.

O Sindjus-DF continua acompanhando as movimentações do governo e orienta que a categoria se mantenha em alerta para as próximas mobilizações. O sindicato aguarda o posicionamento da Fenajufe e de fóruns, como o Fonacate e o Fonasefe, para estabelecer o cronograma de ações, incluindo as que ocorrerão no dia 10 de novembro, como parte do dia nacional de luta contra as reformas e a retirada de direitos. De forma unificada, é preciso reagir e dar um basta a essa onda de ataques.

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