maio 6, 2024
Uma decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região deixou mais próxima de finalizar a angustiante espera de 20 anos da família do servidor do Tribunal Superior do Trabalho, Antônio Jorge Cabral Júnior. A esposa, Domênica Cabral, relata o que sentiu quando recebeu a notícia. “Quando o diretor do jurídico do Sindjus, Cledo de Oliveira, me ligou eu já comecei a chorar antes dele falar. Ele deu a notícia e eu só pensei no Jorge e o quanto ele estaria muito feliz se estivesse aqui, mas ele faleceu em 2009. Para mim, o mais importante de tudo é que o nome dele foi honrado e que meus cinco filhos vão poder viver em paz com a notícia de que o pai deles foi inocentado”, relata emocionada a esposa do servidor.
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O servidor foi demitido do cargo em 2004 após passar por processo administrativo disciplinar que tramitou no TST. O voto proferido no acórdão da sentença, elencou a desproporcionalidade da sanção aplicada ao servidor, que nunca havia recebido outra penalidade em cerca de 20 anos de serviços prestados ao tribunal e merecia revisão da pena imposta visto que não houve dolo e nem aplicação de uma pena disciplinar adequada, como o afastamento e acompanhamento médico ao servidor. O Coordenador de Assuntos Jurídicos, Trabalhistas e Parlamentares do Sindjus, Cledo de Oliveira, ressalta que o sindicato é a entidade legalmente constituída para representar os servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público, e está ao alcance de todos os filiados em suas causas.
“Como representantes legais dos servidores do PJU e do MPU, queremos ressaltar que o Sindjus está sempre a disposição de cada filiado. Acompanho a causa do Jorge desde o início e para nós é muito mais que uma vitória, trata-se de trazer justiça para um imbróglio que penalizou uma família de um servidor que tinha planos e projetos para seus filhos e da noite para o dia viu tudo se arruinar, mesmo tendo tido conduta exemplar ao longo dos anos de trabalho no TST. O Sindjus está aqui para lutar junto com cada um daqueles que nos acionam, mesmo que dure mais ou menos de 20 anos”, avalia o diretor.
A causa foi encampada pelo escritório Wagner Advogados Associados, que substabeleceu ao Cassel & Ruzzarin Advogados, e posteriormente ao também parceiro Sindjus, Ibaneis Rocha Advogados. Em reunião com a família na sede do Sindjus, a advogada Clarissa Sousa de Araujo, conversou com os filhos e a esposa sobre o andamento da causa. “Tivemos êxito nessa ação, visto que a União desistiu de tentar remar contra a corrente, tendo em vista a multidão de provas contrárias à demissão. Aguardamos o trânsito em julgado para protocolar a liquidação e cumprimento de sentença. O que quer dizer, entender o que de fato é devido depois desses 20 anos de um processo moroso, mas que foi bem-sucedido ao final. Então, vamos pedir para o TST apresentar a evolução remuneratória no decorrer dos anos, fazer os cálculos de pensão, eventuais auxílios que seriam devidos para aí sim, finalmente, terminar esse episódio com justiça, mostrando que, de fato, o senhor Antônio era inocente e não deveria ter sido demitido em momento nenhum”, ressalta a advogada.
O Sindjus reforça o compromisso com seus filiados e se mantém a disposição para auxiliar nos casos que envolvem os interesses dos servidores e suas relações de carreira.
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