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28 Abr. 2025

RRA

Sindjus-DF e Sindilegis: confisco salarial de servidores proposto pela bancada do Novo é assalto constitucional

abr 3, 2020

O Sindjus-DF, juntamente com o Sindilegis, denuncia, às suas respectivas categorias e à sociedade em geral, tentativa nefasta da bancada do “Novo” na Câmara dos Deputados de promover confisco salarial de 26% até 50% do salário dos servidores públicos.

As emendas de número 4 e 5 à PEC 10/2020, que institui regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para enfrentamento da pandemia do coronavírus, quebram a irredutibilidade salarial prevista na Constituição representando um verdadeiro confisco e assalto aos salários dos servidores públicos.

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As emendas são de autoria do deputado Alexis Fonteyne, que figura entre os dez parlamentares mais ricos do Congresso, com fortuna declarada de mais de R$ 28 milhões. Trata-se do mesmo deputado que se recusou a abrir mão do auxílio moradia mensal de R$ 3.500 pago pela Câmara e que, no ano passado, recebeu uma restituição de R$ 12 mil reais em seu Imposto de Renda – valor correspondente ao patrimônio total do brasileiro médio segundo relatório da ONG Oxfam, com base em dados do banco Credit Suisse.

Embora as emendas sejam de autoria de Fonteyne, toda a bancada do Novo as subscreveu. E isso não causa espanto, pois dos oito deputados federais eleitos pelo partido – todos brancos, do eixo sudeste/sul, apenas uma mulher entre eles -, seis são milionários. Juntos, somam mais de 57 milhões de reais em patrimônio declarado à justiça eleitoral. É mais do que natural, portanto, que defendam medidas como o pacote do governo de R$ 1,216 trilhão em auxílio aos bancos, correspondente a 16,7% do PIB.

O Sindjus-DF repudia com veemência a tentativa desse grupo de deputados milionários, onde apenas um não é empresário, CEO ou herdeiro de um negócio ou fortuna, de confiscar metade do salário dos servidores públicos. Importante lembrar, que a maioria da outra metade já é confiscada por meio de uma série de impostos.

É sabido que cortes salariais como esse podem agravar a crise econômica. Isso porque existirá menos dinheiro circulando na economia, comprometendo drasticamente o consumo e impactando negativamente comércio e no setor de serviços, por exemplo.

Além disso, o enfraquecimento do setor público seria sentido da pior maneira pela população com menos atendimento na área da saúde, menor efetivo policial, aumento da morosidade da Justiça.

Dessa forma, o Sindjus-DF requer às autoridades do Poder Judiciário e do MPU, como o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, e o PGR, Augusto Aras, para que estejam atentos a toda a movimentação que está ocorrendo no Congresso Nacional e se manifestem publicamente contrários à essas medidas.

A união de todos neste momento em prol da defesa da Constituição e dos serviços públicos é essencial.

Que os parlamentares tenham a consciência de que estão lidando com mais de 200 milhões de vidas, devendo, portanto, agir com bom senso, ética e responsabilidade em um momento tão crucial para todos.

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