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28 Abr. 2025

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Mudança da pauta política esfriou reforma da Previdência, mas ameaça continua

Mudança da pauta política esfriou reforma da Previdência, mas ameaça continua

jul 20, 2017

De olho na satisfação da classe empresarial, o governo tem investido suas fichas nas reformas trabalhista e previdenciária. A trabalhista já virou lei. E a da Previdência, que ameaça a aposentadoria de um universo de brasileiros, só não avançou por conta da divulgação, no dia 17 de maio, da conversa gravada pelo empresário Joesley Batista com o presidente Michel Temer.

Tal gravação teve impacto considerável na ofensiva governista. Segundo levantamento da UOL, a reforma da Previdência foi citada 102 vezes no plenário da Câmara na terceira semana de maio. Após as delações de Joesley, as menções caíram para 49. E em junho, diminuíram ainda mais – 20 vezes por semana. E na semana anterior ao recesso, apenas quatro discursos citaram a matéria.

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A mudança da pauta política provocada pelo efeito Joesley impediu o avanço da reforma, mas o governo não desistiu dela. A denúncia contra Temer está prevista para ser votada no dia 2 de agosto, isto é, na volta do recesso parlamentar. Após passar essa etapa, independente do resultado, a reforma deve voltar a ser o foco, pois o mercado quer sua aprovação.

Segundo a Moody’s – uma das principais agências de classificação de risco de crédito no mundo, as recentes acusações de corrupção reduziram o capital político do governo Temer e comprometeram sua capacidade de aprovar uma ampla reforma previdenciária. No entanto, esse cenário é imprevisível, pois o tema continua sendo tratado como fundamental pelos governistas. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, nesta terça (18), afirmou que sem a aprovação da reforma da Previdência, a regra que criou o teto para gastos públicos se tornará incompatível com a realidade orçamentária do país a partir de 2020.

Não podemos parar nossa luta por conta da reforma ter deixado os holofotes. É necessário que continuemos exigindo seu arquivamento. O Sindjus-DF, na matéria “CPI da Previdência: sistema não é deficitário”, informou que o déficit previdenciário é mentira. Verdade é que com a nova regra, a data de aposentadoria se aproxima da média de vida dos brasileiros, de modo que muitos trabalhariam até morrer. Segundo pesquisa da professora de Economia da UFRJ Denise Gentil, 79% dos aposentados por idade em 2015 estariam fora das novas regras e não conseguiriam se aposentar. Ou seja, com essa reforma um grande número de trabalhadores ficará excluído da aposentadoria.

O Sindjus continua em estado de mobilização, chamando a categoria a dizer NÃO à reforma previdenciária, que é injusta e sem justificativa. Clique AQUI para enviar carta aos parlamentares, no sentido de barrar essa ofensiva contra os trabalhadores.

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