Em documento de quatorze pontos, a CUT apresenta propostas para definir novas regras no imposto de renda da pessoa f\u00edsica (IRPF). A central entende que \u201c\u00e9 necess\u00e1rio [construir] um sistema tribut\u00e1rio que tenha como um dos seus princ\u00edpios a progressividade\u201d. Isto \u00e9, cidad\u00e3os com renda mais elevada devem pagar proporcionalmente mais impostos.<\/p>\n
E continua: \u201cEste princ\u00edpio est\u00e1 presente no par\u00e1grafo 1\u00ba do artigo 145 da Constitui\u00e7\u00e3o\u201d, que determina que \u201cos impostos ter\u00e3o car\u00e1ter pessoal e ser\u00e3o graduados segundo a capacidade econ\u00f4mica do contribuinte (…)\u201d.<\/p>\n
A fim de transformar as propostas abaixo em decis\u00f5es governamentais, a central prop\u00f5e ainda a \u201cinstaura\u00e7\u00e3o de um espa\u00e7o de negocia\u00e7\u00e3o no qual [tamb\u00e9m] participem os representantes dos trabalhadores\u201d. <\/p>\n
Atualmente a tabela do imposto de renda da pessoa f\u00edsica \u00e9 composta de apenas tr\u00eas faixas. Uma de isento, para o trabalhador que recebe at\u00e9 R$ 1.372,81. Uma intermedi\u00e1ria, de R$ 1.372,82 a R$ 2.743,25, cuja al\u00edquota \u00e9 de 15%, com dedu\u00e7\u00e3o de R$ 205,92. E uma terceira, para aqueles trabalhadores que ganham acima de R$ 2.743,25, cuja al\u00edquota \u00e9 de 27,5%, e dedu\u00e7\u00e3o de R$ 548,82. <\/p>\n
A infla\u00e7\u00e3o deve fechar o ano em 6,54%. De 1996 at\u00e9 hoje, a defasagem da tabela do IR, segundo c\u00e1lculos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tribut\u00e1rio (IBPT), chega a 43,41%.<\/p>\n