{"id":32257,"date":"2009-10-23T12:48:00","date_gmt":"2009-10-23T12:48:00","guid":{"rendered":"\/?p=32257"},"modified":"2009-10-23T12:48:00","modified_gmt":"2009-10-23T12:48:00","slug":"post32257","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/sindjus.org\/blog\/post32257\/","title":{"rendered":"Estad\u00e3o: Lula volta a criticar TCU e defende sal\u00e1rio do funcionalismo"},"content":{"rendered":"
\u00b4N\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil governar com a poderosa m\u00e1quina de fiscaliza\u00e7\u00e3o e pequena m\u00e1quina de execu\u00e7\u00e3o\u00b4, afirmou<\/p>\n
Durante discurso nesta sexta-feira na posse do novo advogado-geral da Uni\u00e3o, Lu\u00eds In\u00e1cio Lucena Adams, o presidente Lula voltou a criticar o Tribunal de Contas da Uni\u00e3o (TCU), sem citar o \u00f3rg\u00e3o, e condenou todos os setores que paralisam obras do governo, causando preju\u00edzos ao pa\u00eds. “O Brasil est\u00e1 travado. N\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil governar com a poderosa m\u00e1quina de fiscaliza\u00e7\u00e3o e pequena m\u00e1quina de execu\u00e7\u00e3o”, afirmou o presidente, ao defender o seu governo que, assegurou, terminar\u00e1 “infinitamente melhor” em compara\u00e7\u00e3o com qualquer outro. Lula tamb\u00e9m defendeu os sal\u00e1rios que s\u00e3o pagos aos servidores p\u00fablicos. Segundo o presidente, os servidores p\u00fablicos n\u00e3o recebem b\u00f4nus e trabalham por “uma causa” na qual acreditam. <\/p>\n
O presidente defendeu a cria\u00e7\u00e3o de uma esp\u00e9cie de c\u00e2mara de n\u00edvel superior, que possa decidir rapidamente se a obra pode ou n\u00e3o ficar parada. “Porque sen\u00e3o o pa\u00eds fica atrofiado”, disse. “Esse neg\u00f3cio de um remar para frente e cinco remarem para tr\u00e1s n\u00e3o funciona no campo do desenvolvimento da economia”, acrescentou.<\/p>\n
Segundo Lula, “as pessoas n\u00e3o t\u00eam dimens\u00e3o do que significa paralisar uma obra, isso tem de mudar”. Ainda no discurso de improviso, ele acrescentou que “quer deixar um legado de harmoniza\u00e7\u00e3o maior entre as institui\u00e7\u00f5es”.<\/p>\n
Lula afirmou que, dentro do processo que existe hoje, “uma pessoa dos confins, do quarto escal\u00e3o resolve e ela tem mais poder que o presidente da Rep\u00fablica”. Em seguida ao desabafo, o presidente citou o epis\u00f3dio de paralisa\u00e7\u00e3o de uma obra, no qual ela foi suspensa porque uma pedra foi confundida com uma machadinha ind\u00edgena. “Parou nove meses e depois se viu que era uma pedra comum. Com que direito algu\u00e9m para uma obra nove meses? Qual o custo disso para o pa\u00eds?”, prosseguiu o presidente, dizendo que quem d\u00e1 uma ordem para parar uma obra n\u00e3o sofre nenhuma puni\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Lula avisou que est\u00e1 preparando um “relat\u00f3rio com coisas absurdas”, numa refer\u00eancia a casos de obras que foram paradas por cinco, 10 meses e um ano e as pessoas que deram a ordem para parar n\u00e3o sofreram qualquer puni\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Ele voltou a defender as viagens dele e de seus ministros pelo Brasil. “Quem engorda o porco \u00e9 o olho do dono”, declarou o presidente. Lula comentou, por exemplo, que, \u00e0s vezes, pergunta \u00e0 ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, se uma determinada obra est\u00e1 pronta e ouve dela que aquela obra nem come\u00e7ou. “Os entraves s\u00e3o demais. O presidente e os ministros t\u00eam que estar viajando”, disse Lula ao comentar que “parte do pressuposto que todo mundo \u00e9 desonesto at\u00e9 que se prove o contr\u00e1rio”.<\/p>\n
Lula citou, por exemplo, os problemas enfrentados no setor el\u00e9trico, quando tem que se pensar cinco anos \u00e0 frente, acrescentando que, na verdade, deveria se pensar 10 anos \u00e0 frente. E ainda assim, acrescentou, h\u00e1 problemas. “\u00c0s vezes, prevalece o fundamentalismo e n\u00e3o a discuss\u00e3o t\u00e9cnica”.<\/p>\n
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, tamb\u00e9m presente \u00e0 cerim\u00f4nia, ao final, em entrevista, concordou com a afirma\u00e7\u00e3o do presidente de criar um \u00f3rg\u00e3o para dirimir problemas de paralisa\u00e7\u00f5es de obras mais rapidamente. Mas lembrou que, muitas vezes, o problema ocorre dentro do pr\u00f3prio governo. “A bola est\u00e1 com o Legislativo e com o Executivo”, disse.<\/p>\n
Sobre as cr\u00edticas feitas \u00e0s viagens do presidente Lula e da ministra Dilma Rousseff e da defesa feita por Lula, em seu discurso, da necessidade de fiscalizar as obras, Gilmar Mendes respondeu: “n\u00e3o tem problema viajar para fiscalizar. O problema \u00e9 fazer campanha. Eu viajo muito e n\u00e3o fa\u00e7o campanha”.<\/p>\n
Mais cedo, durante a solenidade, Lula afirmou que, se forem comparados os vencimentos dos funcion\u00e1rios do Banco Central (BC), da Receita Federal e de outros \u00f3rg\u00e3os da administra\u00e7\u00e3o p\u00fablica com os que s\u00e3o pagos nas empresas privadas, a constata\u00e7\u00e3o \u00e9 de que, nessas, os empregados ganham “cinco a seis vezes mais, fora o b\u00f4nus”.<\/p>\n
Segundo o presidente, os servidores p\u00fablicos n\u00e3o recebem b\u00f4nus e trabalham por “uma causa” na qual acreditam. “Conhe\u00e7o muita gente que saiu do governo e foi ganhar cinco ou seis vezes mais na iniciativa privada sem a preocupa\u00e7\u00e3o de ser indiciado pelo Minist\u00e9rio P\u00fablico (MP)”, disse. “As pessoas s\u00f3 querem saber quanto ganha o advogado-geral da Uni\u00e3o, mas n\u00e3o quantas causas ele ganha para economizar bilh\u00f5es para a Uni\u00e3o.”<\/p>\n
Fonte: <\/strong>Estad\u00e3o<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" \u00b4N\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil governar com a poderosa m\u00e1quina de fiscaliza\u00e7\u00e3o e pequena m\u00e1quina de execu\u00e7\u00e3o\u00b4, afirmou Durante discurso nesta sexta-feira na posse do novo advogado-geral da Uni\u00e3o, Lu\u00eds In\u00e1cio Lucena Adams, o presidente Lula voltou a criticar o Tribunal de Contas da Uni\u00e3o (TCU), sem citar o \u00f3rg\u00e3o, e condenou todos os setores que paralisam…<\/p>\n","protected":false},"author":22192,"featured_media":5920,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[3],"tags":[],"classificacao":[],"class_list":["post-32257","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-noticias"],"acf":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/sindjus.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32257","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/sindjus.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/sindjus.org\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/sindjus.org\/wp-json\/wp\/v2\/users\/22192"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/sindjus.org\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=32257"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/sindjus.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32257\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/sindjus.org\/wp-json\/wp\/v2\/media\/5920"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/sindjus.org\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=32257"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/sindjus.org\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=32257"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/sindjus.org\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=32257"},{"taxonomy":"classificacao","embeddable":true,"href":"https:\/\/sindjus.org\/wp-json\/wp\/v2\/classificacao?post=32257"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}