maio 14, 2025
O Sindjus, representado pelo seu presidente Costa Neto, o diretor Cledo Vieira e o assessor Carlos Grillo, reuniram-se, na tarde da terça-feira (6/5), de forma virtual, com diretores de Secretaria do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4).
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Trata-se de um movimento forte, autônomo e independente voltado a inspirar na categoria um desejo de melhoria nas carreiras e lutar pela sua implementação. Importante frisar que a maioria dos integrantes desse movimento não é sindicalizado e resolveram chamar para si a responsabilidade de lutar de forma independente pelos interesses de todos os segmentos das nossas carreiras, analistas, técnicos, auxiliares, ativos e aposentados. O grupo já conseguiu chamar a atenção do presidente do TRF4 sobre a luta pela reestruturação das carreiras e necessidade de apoio à causa.
O objetivo dos diretores de Secretaria da Região Sul com essa reunião foi entender o processo de discussão da proposta de reestruturação de carreiras e se colocar à disposição para colaborar. Durante a conversa, o grupo perguntou ao Sindjus sobre as perspectivas e o cenário atual relacionado ao projeto de reestruturação de carreiras, às divergências entre Sindicato e Federação, ao Fórum de Carreira do PJU e ao AQ, dentre outras questões.
Costa Neto afirmou que a iniciativa desse movimento de diretores de secretária é louvável. “Quero parabenizá-los e agradecer imensamente o esforço que estão fazendo. O Sindjus está agindo com muita responsabilidade, com base em estudos e muita fundamentação técnica, trabalhando muito bem a questão orçamentária e da legislação. Inclusive, contamos com a colaboração de experientes especialistas em carreira. Dialogamos muito com a nossa base e entregamos ao STF e CNJ uma proposta de reestruturação de carreiras aprovada durante um grande congresso, muito representativo e participativo, realizado no final de 2024.
Explicou que a divergência principal entre Sindjus e Federação se dá no campo político ideológico. O nosso Sindicato é independente e tem compromisso exclusivo com a defesa dos interesses da nossa categoria, sem nenhum atrelamento político-partidário. Além disso, um dos grandes diferenciais nesse processo é que, em reunião do Sindjus com o presidente do STF, o ministro Luís Roberto Barroso solicitou fosse apresentado a ele uma proposta exequível e defensável, dentro dos parâmetros legais e do ponto de vista orçamentário. O Sindjus, então, apresentou com muita responsabilidade uma proposta construída com base em estudos técnicos, na Lei de Responsabilidade Fiscal, no teto de gastos e no novo arcabouço fiscal, aumentando consideravelmente as chances de avanço institucional da matéria, para recompor definitivamente e integralmente as perdas salariais da categoria, medidas de 2019 em diante, cujo índice se encontra atualmente na ordem de 25%.
Costa Neto discorreu sobre as premissas que foram aprovadas no 10º Congresso Extraordinário do Sindjus, como a recomposição das perdas inflacionárias desde 2019 para todos (analistas, técnicos, auxiliares, servidores ativos e aposentados), e esclareceu quais são os pontos inegociáveis para o Sindicato, como a recomposição integral das perdas inflacionárias para todos e o reajuste para todos em 2026.
O presidente do Sindjus explicou que a proposta do Sindjus tem duas etapas para aproveitar o melhor das próximas janelas orçamentárias, sendo a primeira o reajuste para todos em 2026, com objetivo de conter as perdas inflacionárias e possibilitar a implantação da segunda etapa que consiste no projeto de reestruturação de carreiras de 2027 a 2030, com a reposição integral para todos os servidores das perdas de 2019 em diante.
Outros tópicos de debate foram a sobreposição com diminuição da diferença salarial nos percentuais entre os cargos de Analista e Técnico para a proporção de 100-70, o Adicional de Qualificação, adicional de atividade penosa, direito de advogar, dentre outros.
Cledo Vieira destacou que o Sindjus preza pelo diálogo e Carlos Grillo fez uma exposição bastante clara e didática sobre a proposta do Sindicato.
Costa Neto frisou que o Sindjus defende o que é melhor para categoria, levando em conta o que é viável do ponto de vista legal e orçamentário e que foi aprovado no 10⁰ Congresso da Entidade em novembro de 2024. “Precisamos pensar as carreiras como um todo e avançar. E nós queremos avançar”.
Ao final, o grupo demonstrou ter se sentido bastante esclarecido sobre os temas e se colocou à disposição para contribuir no apoio à proposta de reajuste para todos em 2026 e reestruturação das carreiras no período de 2027-2030, apresentada pelo Sindjus, e discutiram estratégias de atuação que podem ser adotadas em defesa da valorização da categoria através da implantação das duas fases desse projeto.