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18 Abr. 2025

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Reajuste de servidores do Executivo deverá vir por projeto de lei

Reajuste de servidores do Executivo deverá vir por projeto de lei

ago 15, 2008

Polêmica em torno de MP causa mudança no reajuste do Executivo

O reajuste salarial de cerca de 300 mil servidores federais de 54 carreiras não mais será feito por medida provisória, mas por projeto de lei. Mesmo tendo dito que a MP sairia até o dia 15 deste mês, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, concordou com a decisão da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Essa mudança ocorreu em razão do desgaste político ocorrido com o Congresso, com a edição da MP 437, que transformou a Secretaria da Pesca em ministério e criou 297 cargos comissionados.

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Os líderes dos partidos e o próprio Chinaglia ficaram revoltados por não haver urgência no caso que justificasse a edição da MP 437. Os parlamentares já avisaram que não vão tolerar outra MP. A decisão final caberá ao presidente Lula. No entanto, o governo já prepara o recuo, admitindo a possibilidade de retirar a MP 437, que teria um custo anual de quase R$18 milhões. Desde a semana passada, líderes governistas no Congresso avisam que é grande a pressão para que o governo substitua a medida provisória por um projeto de lei, que poderia tramitar com urgência constitucional.

O mais certo é que a Medida Provisória seja transformada em um projeto de lei que seria enviado com urgência constitucional, o que daria prioridade na votação e, ao mesmo tempo, evitaria atritos. Dessa forma, esse seria o caminho mais aconselhável para evitar qualquer desgaste na questão do reajuste dos servidores também passa a ser um projeto de lei. Contudo, os sindicatos devem pressionar o Planalto para que edite MP.

A Casa Civil sabe que esse segundo texto é enorme e que sua análise jurídica levará mais de uma semana e sofrerá ajustes com certeza. De acordo com o Planalto, os dois textos vão juntos para o Congresso, seja por MP ou projeto de lei. Assim, não haveria tempo para entrar no contracheque de agosto. Tanto a elaboração do texto como a análise jurídica são demoradas, porque há dezenas de artigos e anexos, com tabelas de vencimentos e subsídios.

O que é esse reajuste?

O reajuste dos cerca de 300 mil servidores completa o super-pacote de aumentos salariais promovidos pelo governo Lula. Em maio passado, foram beneficiados 800 mil funcionários civis e militares. A proposta de reajuste que já está na Casa Civil abrange 91.308 servidores, ativos e aposentados. Entre eles, estão auditores-fiscais da Receita Federal e do Ministério do Trabalho, analistas do Banco Central, advogados da União, diplomatas, analistas da Superintendência de Seguros Privados (Susep), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e das carreiras de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O salário inicial de um auditor-fiscal passará este ano para R$ 12.693 e o final, para R$ 16.680. Em 2010, vencimentos inicial e final da carreira serão de R$ 14.760 e R$ 19.451, respectivamente.

Os outros 220 mil servidores federais beneficiados pelo aumento salarial são do IBGE, do INSS, do Dnit, do INPI e dos ministérios da Fazenda e da Ciência e Tecnologia. O reajuste vai aumentar os gastos do Executivo com o pagamento de pessoal em R$ 21 bilhões nos próximos quatro anos.

O que isso tem a ver com a gente?

O reajuste em questão só contempla os servidores do Poder Executivo, no entanto muito nos interessa do ponto de vista tático. Nós, servidores do Judiciário e do MPU, devemos ficar atento a esses acontecimentos, visto que temos uma tabela salarial muito inferior a dessas carreiras, mas, possuímos o mesmo nível de exigência e de responsabilidade. Fato que deverá nos mobilizar entorno da luta por um Plano de Carreira.

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