out 1, 2025
“Sensação de dever cumprido!”, com estas palavras o diretor do Departamento Nacional de Polícia Judicial do Conselho Nacional de Justiça (DNPJ/CNJ) e diretor do SINDJUS, Igor Mariano, se despediu de seu comando à frente do setor no período de setembro de 2023 a 2025, quando foi indicado ao posto pelo então presidente do órgão, ministro Luís Roberto Barroso.
“Encerramos nossa missão à frente do Departamento Nacional de Polícia Judicial com muitas conquistas institucionais. Mas o que mais me enche de orgulho é ter idealizado e colocado em prática os três primeiros projetos de direitos humanos da história da Polícia Judicial”, ressaltou Igor Mariano, que também leva a marca de ser o primeiro servidor que veio da base da categoria a assumir o posto.
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Foi em sua gestão, que foram desenvolvidos os programas de capacitação e conscientização: Polícia Judicial Amiga dos Autistas, Polícia Judicial Antirracista e Polícia Judicial Parceira dos Povos Originários. “Três iniciativas que representam um novo pacto entre polícia e sociedade, pautado em respeito, inclusão e valorização da dignidade humana”, destaca.
Para o presidente do SINDJUS, os modelos adotados são bandeiras que o Sindicato luta e apoia. “Nosso Sindicato cada dia mais tem lutado pela promoção da igualdade, inclusão e por mais políticas de acolhimento no Poder Judiciário e MPU. Parabenizamos o amigo Igor Mariano pelo brilhante trabalho desenvolvido no Departamento Nacional de Polícia Judicial, sempre atento e dedicado à capacitação e qualificação da Polícia Judicial, especialmente no acolhimento das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e em diversas frentes inéditas. Sem dúvidas a Polícia Judicial se consagra como polícia cidadã!”, congratula.
Enchentes no Rio Grande do Sul
Em maio de 2024, agentes da Polícia Judicial, em conjunto com diretores do Sindjus, integraram a força-tarefa do Departamento Nacional de Polícia Judicial destinada à ajuda humanitária no Rio Grande do Sul. A equipe foi mobilizada para apoiar o Poder Judiciário e a população durante a tragédia climática que atingiu o Estado. A operação, coordenada por Igor Mariano, atendeu a determinação do Ministro Luís Roberto Barroso, então Presidente do STF e CNJ. Ao todo, 30 agentes provenientes do Distrito Federal, de São Paulo e do Rio de Janeiro chegaram a Porto Alegre para atuar no reforço da segurança em abrigos, presídios e instalações do Judiciário Federal.
“Foram 15 dias de atuação incansável em apoio ao Poder Judiciário local e à população vulnerabilizada pelas enchentes. Com o nosso suporte policial, conseguimos garantir a entrega de mais de 100 toneladas de alimentos. Realizamos um trabalho de inteligência consistente aliado à técnica policial, estruturando pontos de perímetro para resguardar os caminhões de doações e protegendo os comboios durante todo o trajeto. Assim, conseguimos levar ajuda a quem mais precisava e cumprir a nossa missão”, recorda Igor Mariano.
Formação
O diretor do Sindjus, Igor Mariano, oriundo da Polícia Judicial e profundo conhecedor das necessidades da categoria, tem priorizado a valorização profissional por meio de nivelamentos e capacitações constantes. O mais recente deles foi o curso de proteção de dignitários do Poder Judiciário em aeronaves comerciais, coordenado pelo diretor do DNPJ/CNJ, Igor Tobias Mariano, em parceria com o coordenador pedagógico da Academia Nacional de Polícia Judicial (ANPJ), Fábio Fernandes.
Em agosto de 2025, a Polícia Judicial também participou do 1º Curso Nacional de Inteligência de Segurança Institucional do Poder Judiciário (1º CNIS/PJ). A capacitação, realizada pela Academia Nacional da Polícia Judicial (ANPJ), é a primeira do tipo e teve como objetivo, aprimorar a atuação desses profissionais na área de inteligência.
Doutrina Técnico-Operacional da Polícia Judicial no CNJ
Em maio de 2025, realizou-se no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília, a solenidade de lançamento da Doutrina Técnico-Operacional da Polícia Judicial, marco histórico para a consolidação da identidade da Polícia Judicial no âmbito do Poder Judiciário.
A cerimônia representou o coroamento dos trabalhos desenvolvidos a partir da Portaria CNJ nº 368/2024, que instituiu um robusto grupo de trabalho composto por 14 magistrados e mais de 120 instrutores policiais judiciais. A iniciativa contou com a Coordenação-Geral do conselheiro do CNJ, José Edivaldo Rocha Rotondano, e a liderança do diretor do Departamento Nacional de Polícia Judicial e dirigente do SINDJUS, Igor Mariano.
Encontro Nacional da Mulher Policial Judicial
Com um olhar voltado à igualdade e à valorização das mulheres na carreira, o Departamento Nacional de Polícia Judicial promoveu, em março de 2025, o Primeiro Encontro Nacional da Mulher Policial Judicial. A iniciativa buscou dar visibilidade às conquistas e aos desafios enfrentados pelas policiais judiciais em sua trajetória profissional.
Segundo Igor Mariano, o evento tratou de pautas fundamentais como igualdade de gênero, liderança, enfrentamento à violência contra a mulher e combate ao assédio e à discriminação. “Foram discutidos temas como o enfrentamento à violência contra a mulher, às misoginias e demais microviolências institucionais que, muitas vezes, se reproduzem dentro das próprias instituições policiais, passando despercebidas a olhares menos atentos. Trabalhamos intensamente para que a Polícia Judicial desenvolva protocolos específicos de combate e de acolhimento inicial às vítimas de violência”, ressaltou.
Homenagem no desfile de 7 de setembro
Em 2024, pela primeira vez, a Polícia Judicial participou do desfile cívico de 7 de Setembro. O reconhecimento público foi simbolizado pela ala dedicada às forças de segurança que atuaram na ajuda humanitária ao Rio Grande do Sul.
Vitórias institucionais
Também em 2024, consolidaram-se conquistas históricas fruto da atuação do Sindjus. Entre elas, destaca-se a decisão unânime do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na 7ª Sessão Ordinária, que alterou a Resolução nº 467/2022. A mudança garantiu a extensão do porte de armas funcional para a defesa pessoal fora de serviço, em situações de risco decorrentes do exercício da função, situação presumida quando o agente estiver engajado em atividades tipicamente policiais, nos termos do texto aprovado.
Com essa decisão, os policiais judiciais passaram a usufruir de prerrogativas semelhantes às demais forças de segurança pública institucional, como o GSI e a Polícia Legislativa, fortalecendo sua proteção e reafirmando o caráter policial de suas atribuições.
Projeto de Lei nº 2447/2022
Outro marco relevante foi alcançado em 3 de setembro de 2025, quando a categoria, com o apoio integral e a articulação incansável do SINDJUS, obteve mais uma vitória: a aprovação, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei nº 2447/2022, de autoria do Supremo Tribunal Federal.
A proposição incorpora à Lei nº 11.416/2006, que rege a carreira dos servidores do Poder Judiciário da União, os avanços já consolidados pela Resolução CNJ nº 344/2020, fortalecendo o arcabouço jurídico da Polícia Judicial.
A categoria, convocada pelo SINDJUS, mobilizou-se e marcou presença em todas as etapas de votação, demonstrando união e engajamento. Agora, ao lado da atuação estratégica do sindicato, permanece a luta pela tramitação e aprovação definitiva da proposta no Senado Federal.
O Sindjus parabeniza Igor Mariano pelos avanços conquistados à frente do Departamento Nacional de Polícia Judicial, onde fez história como o primeiro policial judicial a assumir sua direção. Seu trabalho incansável foi marcado pelo compromisso em consolidar a instituição e, sobretudo, pelo esforço em transformá-la em uma Polícia Judicial Cidadã, mais próxima da sociedade e alinhada aos valores democráticos.
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