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13 Ago. 2025

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EDITORIAL – O DURO GOLPE DAS ABSTENÇÕES: COMO DUAS DIRIGENTES DA FENAJUFE LESARAM A CATEGORIA E IMPUSERAM UM REAJUSTE REBAIXADO PARA MAIS DE 150 MIL SERVIDORES DO PJU E MPU

ago 12, 2025

Hoje (12/8) é o prazo final para captação, no Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP) da Secretaria de Orçamento Federal (SOF/MPO), das propostas orçamentárias dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do MPU e da DPU para 2026

No dia 7 de agosto, o Supremo Tribunal Federal aprovou um reajuste de apenas 8% para os servidores do Poder Judiciário da União em 2026, mesmo índice que deverá ser espelhado no Ministério Público da União. A categoria, no entanto, poderia ter garantido um reajuste bem maior, de até 15,94%, caso duas dirigentes da Fenajufe, representantes da Bahia e de Minas Gerais, não tivessem se abstido de votar durante a plenária do Fórum de Carreiras do CNJ, realizada em 9 de julho.

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Essas abstenções, além de injustificáveis, foram determinantes para jogar uma pá de cal nas reais pretensões da categoria e enterrar os 15,94%. Com elas, o placar ficou em 9 a 7 a favor da proposta da Administração, inviabilizando o empate de 9 a 9, o que levaria ao voto de qualidade do conselheiro Guilherme Feliciano, que mediou a construção da proposta de consenso entre Sindjus e Fenajufe. Feliciano já havia declarado que votaria a favor do consenso.

Em outras palavras: as abstenções custaram caro. Um reajuste rebaixado, praticamente a metade do acordado entre as entidades sindicais, foi imposto aos servidores por pura irresponsabilidade de alguns dirigentes e grupos políticos que não têm o mínimo compromisso com a categoria.

E houve alerta: durante a votação, o presidente do Sindjus, Costa Neto, alertou para a gravidade da decisão e reforçou a necessidade de união em torno da proposta construída coletivamente.

O Sindjus votou com 100% de seus representantes a favor dos 15,94%. Já a Fenajufe, que tinha direito a seis votos, entregou apenas quatro favoráveis, pois dois foram abstenções. Um terceiro dirigente da Federação, também de Minas Gerais, declarou abstenção, mas voltou atrás após pressão.

E não se enganem, essa sabotagem não foi um tropeço isolado, mas o desfecho previsível de um projeto que se move nas sombras. Um projeto gestado por um grupelho de radicais. Um projeto personalista, centrado em vaidades e no desejo de protagonismo a qualquer custo. Alimentado e apoiado por figuras rancorosas como o presidente de uma determinada associação do DF, que veste a fantasia de defensor da categoria, mas atua deliberadamente nos bastidores para sabotar conquistas, minar nossos avanços e enfraquecer nossa representação, invadindo e atacando, deslealmente e diariamente, inclusive, o espaço de associações sérias e representativas dos servidores do DF, para alimentar seu voraz projeto pessoal e megalomaníaco de poder.

Noutro passo, a desculpa de pluralidade interna também não tira da federação a responsabilidade pela nossa perda. A diretoria da Fenajufe é responsável pelas escolhas que faz. Indicou para a votação representantes que agiram contra a categoria, em um fórum crucial para o futuro das carreiras. O dano está feito e as digitais dos culpados estão por toda parte.

Dói dizer, mas a verdade precisa ser dita: enquanto o Sindjus honrou o compromisso e acordo firmado, e lutou pela categoria, a Fenajufe fraquejou e se diminuiu. No momento em que mais se esperava coragem, firmeza, unidade de ação e responsabilidade na defesa do melhor para todos, duas de seus representantes optaram pela omissão, colocando interesses político-partidários e pessoais acima do compromisso com os servidores.

Pior, mesmo após a construção de uma proposta unificada ao longo de várias e exaustivas reuniões com mediação do CNJ, as duas dirigentes desautorizaram a Fenajufe, empurrando-a ao total descrédito, ao se contraporem ao decidido nas tratativas realizadas entre as entidades e mediadas pelo coordenador do Fórum de Carreiras, Guilherme Feliciano, que se empenhou pessoalmente para costurar esse entendimento.

Com efeito, o nefasto desfecho do ato dessas duas dirigentes também contribuiu para desincumbir o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, do compromisso firmado com o Sindjus e a categoria, de apresentar uma proposta de maior reajuste possível, desde que nosso sindicato e Fenajufe chegassem a um consenso.

Essa traição tem consequências reais e desastrosas. E não só para os servidores do Poder Judiciário, que perderam a oportunidade de aprovar um índice de reajuste essencial para repor parte significativa de suas perdas salariais. Nessa esteira, o CSMPF adotou o PJU como parâmetro em sua sessão de 5 de agosto, decidindo reservar recursos orçamentários para aplicar o mesmo índice de reajuste rebaixado do PJU aos servidores do MPU.

Resultado:
um prejuízo incalculável para mais de 150 mil servidores e suas famílias.

O Sindjus, mesmo diante do estrago, não cruzou os braços. Organizou ato em frente ao CNJ, reuniu-se com autoridades, apresentou estudos de viabilidade orçamentária, protocolou requerimentos e fez campanha nas redes, mobilizando a categoria por todos os meios. Mas, a mensagem enviada e que chegou ao STF, graças às abstenções, foi a de uma categoria dividida e de uma Federação fragilizada e incapaz de resolver seus próprios dilemas internos.

O que vivenciamos foi um golpe interno. Não da administração. Não do governo. Mas de dirigentes sindicais e grupos políticos que escolheram trair a categoria que deveriam defender.

Que fique claro: a traição tem nome, sobrenome e grupo político. E a memória da categoria não pode ser curta. Precisamos cobrar responsabilidades e providências de quem falhou e impedir de uma vez por todas que esses mesmos grupos e pessoas que sabotam nossas conquistas continuem ocupando posições estratégicas.

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